sábado, 22 de dezembro de 2012

A segunda canção da Alexandra Adler ficou incrível... Gravei há dois dias as guitarras, os teclados e editei a linha de bateria, em meio a uma tempestade que rolava após uma tarde extremamente quente, beirando os 40° C. Utilizei-me de um bocado de sentimentos ruins que vieram à tona. Minha última relação não passava de uma tentativa frustrada de derrubar uma muralha com uma agulha. Infelizmente não consegui roubá-la dos últimos dez anos de vida dela, mas evoluí dez anos nos sete meses que passei lá. Não me sinto arrependido, só me sinto triste por um único motivo: eu evoluí sozinho, sem conseguir carregá-la comigo. As âncoras não são minhas, aqueles grilhões não poderiam prosseguir presos aos meus pés, não eram meus aqueles fardos. Meu fardo constante é crescer, pra sempre até que a morte me leve inevitavelmente.  Meu fardo é o meu combustível, é aquilo que me aquece e me faz querer sempre mais e estar consciente de que eu tenho total controle da minha vida.